segunda-feira, 28 de março de 2011

Simbologia da escultura dos dadores benévolos de Santa Maria da Feira


Os pilares representam a força de toda uma população, cuja grandeza espiritual fez nascer 38 locais de recolha, susceptíveis de aumentar, nas 31 freguesias do concelho, representadas pelas camadas de blocos sobrepostos, que tornam o pilar da direita, traduzindo a estrutura cívica, altruísta do seu povo. O pilar da esquerda simboliza a Associação de dadores, enquanto corpo, como invólucro do espírito que sem sangue morre. Por corpo da Associação entendemos os seus órgãos sociais, os seus elementos representantes nas diversas localidades, as Empresas que a patrocinam e todas as entidades que colaboram na divulgação da dádiva benévola de sangue. Estes dois pilares fazem um ângulo entre si, num abraço/convite a todos aqueles que querem continuar a agradecer e a fortalecer a dádiva benévola de sangue.
            O valor do sangue – garante da própria vida – é posto em relevo pelo tubo que simboliza veia humana, e pela gota, que representa o sangue. Dominado a parte central do monumento, o coração simboliza as gentes do concelho de Santa Maria da Feira, que, dando recebem a maior das dádivas: a vida, condensada no tubo de ensaio, cujo conteúdo é constante, mas renovável, graças á generosidade dos dadores benévolos de sangue de Santa Maria da Feira.


3 de Julho de 2004
O autor, Baltazar Oliveira

sexta-feira, 25 de março de 2011

Futuro da medicina passa pela criação de órgãos humanos

2010 foi um ano pródigo no fabrico de órgãos em laboratório, o que revela que as universidades e os hospitais estão a apostar nesta tecnologia, vista como uma esperança para acabar com as longas listas de espera de transplantes de órgãos. Uma traqueia em Março, um pulmão em Julho e fígados em Junho e Novembro.
Pedro Baptista, investigador português, está a trabalhar neste projecto há cerca de sete anos, sendo que “o fígado humano demorou cerca de dois anos a desenvolver”. O processo começou, como explica, “pela necessidade de desenvolver um biomaterial que o possuísse uma rede vascular que pudesse ser mais eficaz para a criação de órgãos sólidos tridimensionais, nomeadamente o fígado”. Esta situação originou a percepção de como obter “o esqueleto do fígado a partir de fígados de cadáveres”.
O primeiro fígado humano em laboratório foi obtido através da injecção de “um detergente (como o do sabonete ou champô) nas veias do fígado que removeu todas as células aí existentes, deixando apenas a matriz extra celular”, refere Pedro Baptista.
Este investigador liderou a equipa do laboratório de medicina regenerativa da universidade de Wake Forest que criou o primeiro fígado humano.

Ideias chave

Pode estar á vista o fim das listas de espera de transplantes de órgãos
• O primeiro fígado foi obtido através da injecção de um detergente nas veias deste órgão.
• Universidades e hospitais estão a apostar nesta tecnologia.
• Estes órgãos têm mais probabilidade de serem compatíveis.


Fonte: http://www.asbeiras.pt/2011/03/futuro-da-medicina-passa-pela-criacao-de-orgaos-humanos/

terça-feira, 15 de março de 2011

Córnea feita de colagénio restaura visão a pacientes

 12-2-2011


Pesquisadores desenvolveram uma córnea artificial a partir de colagénio moldada à forma e ao tamanho de uma córnea natural do ser humano. Segundo eles, ela parece uma lente de contacto.A diferença é que este “córnea” biossintética estimula as células do próprio indivíduo a crescerem na sua matriz, uma vez que é feita de uma substância semelhante à natural.
Assim, pessoas com córneas danificadas tiveram a sua visão restaurada por implantes feitos de colagénio, que depois acabam por se fixar no olho do receptor.
Danos na córnea, que resultam em sérios danos na visão, são actualmente tratados ou através da implantação de córneas de um doador humano – que são escassas -, ou através de uma prótese desagradável à vista, que se parece com a lente de uma câmara fotográfica.
A equipa de investigadores inseriu as córneas biossintéticas nos olhos de 10 pessoas com lesões na córnea. Fios de nylon seguram a córnea no seu local, e as pessoas usaram medicamentos imunossupressores durante seis semanas para evitar rejeição.
Após dois anos, a córnea em todos os participantes do estudo foi preenchida com células dos próprios pacientes, que se ancoraram aos olhos. Os nervos também cresceram em todas as córneas, o que é importante para a sobrevivência da célula e para manter a habilidade de piscar.Seis das pessoas têm agora a sua visão restaurada. Os outros quatro ainda têm um certo embaciamento visual.
A equipa pensa que isso deve-se à cicatrização da sutura, feita na parte central da córnea.A pesquisa tem potencial para revolucionar o campo dos transplantes de córnea.
Segundo especialistas, é possível que em cinco anos esse tipo de engenharia de córnea já esteja bem aceita e espalhada pelo mercado mundial.

   Fonte: http://hypescience.com/cornea-feita-de-colageno-restaura-visao-em-paciente